O 9500 Cineclube é uma associação cultural sem fins lucrativos que tem como principal objectivo uma intervenção sistemática no âmbito da cultura em geral e do cinema em particular, com a promoção do cinema e vídeo, nomeadamente exibições, formação, debates, produção, edição e venda de produtos relacionados.
Um serial killer assusta a cidade alemã de Dusseldorf matando crianças indefesas. Escapa da polícia, mas não das mãos de organizações criminosas pertencentes ao submundo local.
O actor Peter Lorre, com um desempenho excepcional, celebrizou-se por este papel. É o primeiro filme falado do director alemão Fritz Lang, que dois anos depois se mudaria para os Estados Unidos.
Realização, argumento e animação: Erik van Schaaik Duração: 11 minutos
Esta curta-metragem de animação proporciona ao público um olhar indiscreto por detrás do ecrã. Subitamente, a fita parte-se deixando-nos ver o que se passa nos bastidores onde tudo corre mal...
Fausta sofre de uma doença que se transmite através do leite materno de mulheres que foram violadas durante a guerra civil no Perú. A guerra acabou mas Fausta continua doente, uma doença provocada pelo medo que lhe rouba a alma. Mas, agora, a morte súbita da mãe obriga-a a confrontar-se com os seus medos e os seus segredos: os truques que utiliza para se proteger de uma possível violação. Esta é a história do seu renascimento, uma longa viagem do medo para a liberdade.
Após um acidente de carro em que a namorada morre, um homem perde a memória. Através de violentos flashbacks de memória ele descobre que afinal não é vítima do acidente, mas que está envolvido num assassinato. E ele sabe porquê.
Curta-metragem acerca de pesca, casamento e xenofobia. Dois mundos separados reúnem-se no local de pesca de Gerard. O seu casamento perdeu o encanto, já não convive com os amigos e os peixes que apanha são pequenos demais.
Realização e argumento: Sascha Goedegebure Duração: 10 minutos
Big Buck acorda e sai da sua toca e é importunado por três arruaceiros, Gimera, Frank e Rinky. Quando Gimera mata uma borboleta, Buck decide vingar-se.
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Realização: Michael van Djik e Sjeng Schupp Duração: 5 minutos
Horror na sala de estar. Tudo parece estar normal, mas aos poucos as coisas estão ficando fora de controlo.
Realização: Jorien van Nes Argumento: Maartje Pompe van Meerdervoort Duração: 38 minutos
Den Helder é uma cidade vulgar no norte da Holanda. Ali, assistimos à reunião fugaz de dois irmãos, Maarten, que se alistou como fuzileiro e seguirá em breve para uma missão no Líbano, e Emiel, recém-saído da prisão. Durante o pouco tempo em que estão juntos, os irmãos confrontam-se, descobrem-se, conhecem-se.
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Sábado, pelas 18h, no Cine Solmar. Entrada gratuita
[...ou os efeitos permanentes que um tremendo clássico provocam.]
Durante aproximadamente 90 minutos, um pequeno grupo de cinéfilos de Ponta Delgada assistiu, ontem à noite, à exibição de O LÍRIO QUEBRADO, uma das obras seminais da influente carreira de David Wark Griffith.
Para além da observação dos avanços técnicos de Griffith para aquilo que hoje em dia conhecemos como "gramática do Cinema" (nomeadamente, os primeiros usos de grandes planos, travellings e flashbacks), O LÍRIO QUEBRADO possui a fabulosa interpretação de Lillian Gish — a primeira grande actriz da Sétima Arte? — que, quase 100 anos depois, não perdeu nenhuma da sua intensidade emocional.
Este facto é consubstanciado na famosa "cena do armário". Aqui, Gish representa o horror de uma rapariga (Lucy) que se contorce num espaço claustrofóbico, qual animal torturado consciente de que não existe fuga possível.
Tão ou mais interessante quanto a sequência em si, são as histórias em torno da sua rodagem. Sobre a mesma, Richard Schickel recordou:
«É desoladora e, ao mesmo tempo, avassalada pelo talento da actriz. Aparentemente, a sua histeria foi exacerbada pelos insultos que Griffith lhe lançou antes de pôr a câmara a rodar. Gish, por seu lado, afirma que os movimentos da criança torturada foram improvisados no momento e que, quando terminou a cena, toda a gente no estúdio ficou em silêncio, apenas quebrado pela exclamação de Griffith: "Meu Deus! Por que não me avistaste que ias fazer isso?!» (em D.W. Griffith: an American Film Life)
Só podemos agradecer aos "deuses" do Cinema que O LÍRIO QUEBRADO seja um filme mudo. Pois os gritos que Gish vociferou durante a filmagem da "cena do armário" atraíram dezenas de transeuntes fora do estúdio, convencidos de que alguém estava mesmo em perigo, forçando os funcionários da United Artists ao trabalho de impedirem que fosse invadido por aterrados curiosos.
São pormenores destes que originam filmes únicos, os quais, hoje em dia, só conseguem ser devidamente apreciados em ambientes cineclubistas. E o presente ciclo História do Cinema promete mais momentos assim...
«A reputação de que goza D.W. Griffith nos meios académicos, apesar de ligeiramente exagerada, é contudo, isenta de contestação. Não fossem as suas contribuições, o cinema americano, e talvez mesmo o cinema mundial seriam diferentes.
O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO e INTOLERÂNCIA são merecidamente os seus filmes de maior renome, eternizados em virtude das manipulações extraordinárias da história de da montagem. No entanto, outra das suas obras, O LÍRIO QUEBRADO, destaca-se por entre os seus trabalhos, e é sem dúvida, a mais bela das suas películas. Esta terna e trágica história de amor e sofrimento traz o romance místico entre uma jovem abandonada nos bairros de Londres e um jovem chinês que viaja por Inglaterra espalhando a filosofia oriental.
Este é o filme mais sério, poético e dramático de Griffith, adaptado do livro 'Limehouse Nights', de Thomas Burke. Lillian Gish tem uma grande interpretação, como a jovem de quinze anos de idade, assustada com a sua vida miserável. Este filme foi rodado em apenas três semanas e, apesar do orçamento modesto, foi um grande sucesso de crítica e público. De certo modo este filme fez com que a crítica não considerasse tanto a imagem de racista que ficou impregnada em D. W. Griffith.»
Trocando a dimensão épica e espectacular dos primeiros por um lirismo exacerbado, O LÍRIO QUEBRADO, à época considerado "a primeira genuína tragédia do Cinema" (Photoplay), tem uma rara intensidade emocional, sublinhada por uma atmosfera visual que fez história. Foi a primeira experiência para cinema do fotógrafo Hendrik Sartov, responsável pelos planos de imagens difusas que tornaram célebre a fotografia do filme.
Três interpretações inesquecíveis: Lillian Gish, Richard Barthelmess e Donald Crisp.
Quando é dada aos Zoo Rangers a missão de encontrar, na América do Sul, uma borboleta extremamente rara, estes dividem-se em dois grupos. Enquanto um vai ao encontro dos membros da expedição que primeiro descobriu as borboletas, o outro avança para a floresta tropical em busca dos espécimes. Ambos os grupos se deparam com perigos e aventuras – crocodilos, tarântulas, uma competição de tango, um macaco apaixonado, uma manada em fuga, uma turma de crianças brasileiras…
Os Zoo Rangers acabam por descobrir as verdadeiras e criminosas intenções da cliente que contratou os seus serviços, intenções que podem levar à completa destruição da floresta tropical.