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Passados cerca de nove meses desde o início das actividades deste cineclube, acabo de eleger os três melhores filmes que por aqui já passaram( na minha perspectiva muito particular já que houve alguns que não vi) O primeiro foi "As praias de Agnés" de Agnés Varda, o segundo "Persepólis" de Marjane Satrapi e finalmente o terceiro que vi na passada segunda feira, "Sinal de Alerta" de Andrea Arnold. É engraçado e só agora acabei de me aperceber disso, que pertençam todos ao ciclo de mulheres realizadoras. Mas é sobre este último que me quero debruçar em poucas palavras embora o Samuel Andrade já tenha dito o que era preciso dizer. Em primeiro lugar a tensão que percorre todo o filme e que mantém o espectador preso à cadeira e ao ecrã. Ao mesmo tempo fá-lo vibrar e sentir-se desconfortável (eu nao consegui ficar quieto na minha cadeira). Depois o crescendo até o desfecho de que só gradualmente nos aproximamos.
A própria história é extremamente bem contada, equilibrada, sem nada a mais nem a menos. E finalmente o desempenho dos actores, principalmente os dois protagonistas, os actores escoceses Kate Dikie e Tony Curran que são inexcedíveis. Há ainda um outro factor que é a paisagem urbana da periferia de Glasgow, sobretudo os edificios gigantescos da Red Road(nome original do filme) que desempenham um papel crucial, bem como a parede de ecrãs de vigilância , o local de trabalho de Jackie . Grande filme.
Mário Roberto
1 comentário:
Um filme para amar, para analisar as suas subtis peculiaridades, para admirar o talento de uma grande cineasta.
Abraços "cineclubísticos"!
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